"O transplante foi possível graças a uma doação proveniente de Portugal.
Para o menino de Arkotxa (Zaratamo, no País Basco), o desafio é agora adaptar o organismo aos novos órgãos - duodeno, intestino, pâncreas, fígado e estômago - doados por uma família portuguesa que perdeu o filho.
Este foi o 21.º transplante multivisceral realizado em Espanha. É um procedimento "muito raro" que ocorre entre 50 a cem vezes por ano em todo o mundo.
O coordenador de transplantes do hospital La Paz, Santiago Yus, adiantou que as doações infantis não são comuns, havendo por ano cerca de 30. Actualmente há 27 crianças à espera de um transplante no hospital La Paz, sendo que cinco delas necessitam de um transplante multivisceral."
Fonte - Jornal "Público" 15-02-2011
Foi a cooperação europeia a nível de transplantação que "permitiu este milagre", disse à agência Lusa a coordenadora nacional das unidades de colheita da Autoridade para os Serviços de Sangue e da Transplantação (ASST), Maria João Aguiar.
Estas operações "tão raras e tão difíceis são ocasiões únicas e ficamos todos muito orgulhosos de Portugal ser tão bom em doação que consegue, a nível da Europa, ser um veículo destes milagres de transplantação", frisou. Por outro lado, acrescentou, foi a "melhor maneira de honrar a doação desta família portuguesa".
Fonte - "Expresso" 31-10-2010
Não é o facto de ser uma família portuguesa que mais importa, embora a "nossa" generosidade esteja patente em múltiplas acções ao longo dos tempos, especialmente os mais difíceis. Esta família, que perdeu o filho e fez a doação, independentemente do que possa vir a acontecer, merece todos os elogios. E é mais um grande exemplo de solidariedade e promoção da VIDA a todo o custo, que a todos deve servir de referência.