sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Cavaco Silva opta por pensões de €10.042


Votei Cavaco Silva e voltaria a votar, nas mesmas circunstâncias. Assumo! E penso que isso me dá ainda mais autoridade moral para o que vou escrever, uma vez que não posso ser acusado de pertencer a outros "clubes". Posto isto...
Fiquei desapontado com esta decisão do Presidente da República. Sim, quase todos me dizem que, só se ele fosse "tonto" optaria por ganhar o ordenado em vez das reformas. Sim, é essa a mentalidade dominante. Lamento, mas acho exactamente o contrário e concordo com o Presidente quando ele, repetidamente, tem vindo a dizer que o exemplo tem de vir de cima. O exemplo, neste caso e na minha modesta opinião, seria optar pelo ordenado correspondente à função que desempenha. Ordenado de Presidente para o Presidente. Ordenado de reformado para quando não estiver no activo e tiver, efectivamente, estatuto de reformado. Algo vai mal num País em que imensas reformas são superiores ao ordenado do mais alto cargo da Nação! Mas, hoje, nem quero ir por aí. Apenas me apetece repetir que o exemplo tem que vir de cima. E o Presidente da República perdeu aqui uma óptima oportunidade de "mostrar serviço", ou seja: DAR O EXEMPLO!
O puzzle deve ter a peça certa no lugar certo.
A vida deve ter a atitude certa no momento certo.

Há bem pouco tempo, dizia o Presidente:
... temos de pensar naquilo que nós próprios devemos fazer pelo país. Não irei fazer promessas que não poderei cumprir. Um Presidente responsável, no quadro dos poderes que a Constituição lhe confere, não pode prometer que vai alterar uma situação que diz respeito a todos, começando pelos agentes políticos, que devem dar o exemplo. Esse é um dos meus modos de actuação, a magistratura do exemplo”.

Estou plenamente de acordo. Mas a "magistratura do exemplo" não é apenas palavras. Como eu gostava, Senhor Presidente, que viesse a alterar a sua decisão!

Vamos às contas possíveis, se os números que vieram a lume estiverem razoavelmente certos:
10.042 euros de reforma mensal - 7415 euros de vencimento mensal = 2627 euros mensais
2627 euros x 14 meses = 36.778 euros anuais
36.778 euros x 5 anos = 183.890 euros

Então, a optar pelo vencimento de Presidente, perderia na ordem dos 183. 890 euros, ao longo do 2º mandato.
É um número significativo, obviamente. Ainda assim, absolutamente insignificante se comparado com o prestígio que lhe reconheço e me fez atribuir-lhe o meu Voto! Por isso me permito repetir:
Como eu gostava, Senhor Presidente, que viesse a alterar a sua decisão!


segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Eleições Presidenciais 2011


Confesso que estava com grande curiosidade de ver o resultado de Cavaco Silva nos Açores. Imaginei que, apesar de tudo, ganhasse. Mas devo acrescentar que o estrondo da vitória (56,04%), apesar dos assustadores 68,88% de abstenção, repito, nos Açores, ultrapassou tudo o que imaginara! E dou por mim, mais uma vez, a pensar como o Povo é adulto, sábio e distingue muito bem os diferentes níveis da vida política nacional e regional, dando vitórias a diferentes quadrantes, conforme as realidades e o que julga melhor para si e para os seus. Não se assusta. Quem está habituado a ver baleias no dia-a-dia, conquistar mares revoltos e conviver regularmente com vulcões, renascendo a cada desgraça, não se deixa impressionar facilmente. Mais uma vez, apesar do barulho, a "caravana passou". O Povo dos Açores demonstrou ter percebido que Cavaco não era um perigo para o seu Futuro. Não colocava em causa a Autonomia Regional. E fez questão de o afirmar através do voto. É por estas e outras que o Povo Português merece mais respeito de todos os que, ingenuamente, lhe tentam moldar o raciocínio. Se depender do Povo e acho que depende, sempre, ainda vamos apanhar o comboio do FUTURO!


domingo, 23 de janeiro de 2011

Eleições Presidenciais 2011


Fui, mais uma vez, votar! Apenas um entre muitos, de muitos quadrantes e opiniões diferentes. Tenho bons amigos com opiniões bem diferentes das minhas. Hoje, foram votar em sentido contrário ao meu, mas nem por isso os respeito menos. Tal como eu, continuam a acreditar que o voto é importante. E a Democracia, apesar de todos os problemas e abusos, continua a ser o menos mau de todos os regimes. Ao votar, acreditamos que podemos fazer algo pelo nosso País. Ficar de fora, apesar de respeitável, não parece boa solução. E resta um desejo (seguramente comum a todos): Que Portugal possa melhorar, sempre!

domingo, 16 de janeiro de 2011

Sugestão de Investimento

No Correio da Manhã de hoje, no espaço atribuído ao Jet Set nacional e internacional, atribui-se a Emma Watson, actriz e modelo, conhecida, entre outras razões, por interpretar Hermione Granger nos filmes Harry Potter, a seguinte citação: "TENHO TANTO DINHEIRO, QUE NÃO SEI O QUE FAZER COM ELE:" Imagino o contexto em que a actriz possa ter feito tal afirmação, mas não resisto a dar-lhe uma sugestão de investimento que eu e tantos outros não nos podemos dar ao luxo de realizar, embora gostássemos, pois 6,7% de juros é muito atractivo, quase Magia, apenas ao alcance de uns quantos eleitos: Que tal comprar Dívida Pública Portuguesa?
Com um problema semelhante, eu já o teria feito!

sábado, 15 de janeiro de 2011

New York Times recomenda visitar Guimarães em 2011

O jornal norte-americano New York Times elegeu Guimarães como um dos 41 destinos a visitar este ano (26º lugar), considerando a cidade minhota "um dos pontos culturais emergentes da Península Ibérica".
O jornal publicou uma reportagem sobre locais passíveis de levar turistas ao "fim do mundo", seleccionando 41 locais, desde praias no México às montanhas do Kosovo, passando por Londres, Singapura, Milão e Guimarães, entre outras cidades e locais de todo o mundo.
No artigo, o jornalista refere que Guimarães, cidade berço da nação, é Património Mundial da Humanidade e foi escolhida para Capital Europeia da Cultura em 2012.
Adianta que metade dos habitantes de Guimarães é constituída por jovens e considera que a abertura do Centro Cultural Vila Flor, em 2005, foi fundamental para lançar a música e a arte na cidade.
O artigo destaca ainda a realização, em Março, do primeiro Festival Internacional de Dança Contemporânea, "trazendo uma selecção impressionante de companhias de dança de todo o mundo".
A edição online do New York Times recomenda locais para ficar, restaurantes e pontos de interesse em Guimarães.

New York Times
http://query.nytimes.com/search/sitesearch?query=guimar%C3%A3es&srchst=cse

sábado, 8 de janeiro de 2011

Ainda a auto-estima - Espírito inovador e empreendedor


Da educação à economia, não faltam más notícias nos jornais, nem estudos que revelam o atraso de Portugal e colocam o país no fundo da tabela nas mais variadas comparações internacionais. Mas no que toca à criatividade e à inovação o cenário é bem diferente. As invenções portuguesas estão a aumentar a um ritmo de 40% ao ano desde 2004. E a evolução é tal que Portugal já é o país da Europa com maior crescimento nos pedidos de patente para proteção de inventos no espaço comunitário.
Desde a descoberta de novos fármacos à criação de equipamentos para utilização de energias renováveis, passando pela conceção de sistemas de rega inteligentes ou dispositivos que permitem medir a dor, são de todos os tipos os pedidos de patente que chegam ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Só em 2009 foram recebidos 723, a uma média recorde de dois por dia.
António Campinos, presidente do INPI, assegura que os investigadores portugueses "estão cada vez mais a dar cartas no mercado global", sobretudo em domínios como a química, farmacêutica, informática e telecomunicações ou em áreas de ponta como a biotecnologia e a nanotecnologia.
"É quase demasiado bom para ser verdade, mas o certo é que, no que diz respeito à inovação e ao desenvolvimento tecnológico, Portugal está a crescer a um ritmo muito superior à média da União Europeia. Ao nível da ciência, já temos um desempenho comparável ao dos países mais desenvolvidos da Europa e até do mundo", concorda António Cruz Serra, presidente do Instituto Superior Técnico (IST), em Lisboa, a instituição portuguesa de ensino superior que detém mais patentes.

Laboratórios em vez de sebentas

Muitas outras escolas estão determinadas em seguir o exemplo do Técnico. Em várias universidades e politécnicos nacionais, o ensino já não se faz apenas com sebentas, mas cada vez mais com tubos de ensaio. Longe dos anfiteatros, é nos laboratórios e centros de investigação que as instituições mais têm apostado nos últimos anos.
"Havia a ideia de que o mundo académico era muito teórico, feito só de papel e caneta, mas isso está a mudar a uma velocidade vertiginosa. Neste momento, há mais de 1100 alunos de doutoramento no IST, o que era absolutamente impensável há três ou quatro anos. Se nessa altura alguém tivesse a ousadia de propor essa meta como objetivo estratégico, toda a gente se iria rir", exemplifica o presidente da instituição.
Apesar de relativamente recente, a verdade é que a mudança de paradigma e a aposta crescente na investigação já estão a dar resultados: no ano passado, pela primeira vez, o número de publicações científicas produzidas em Portugal e citadas internacionalmente foi superior à média europeia, revela o responsável do INPI.
Mas a investigação não é apenas uma aposta das universidades. As empresas nacionais têm investido cada vez mais na criação de produtos e equipamentos pioneiros. Tanto que em 2009 o investimento privado em inovação superou o investimento público, "algo inédito na história do país", continua António Campinos. O facto é ainda mais surpreendente se se tiver em conta que as verbas do Orçamento do Estado afetas à ciência não só não diminuíram como têm vindo a aumentar e no ano passado chegaram mesmo a 1,4% do PIB.

Empresários mais inovadores
"Há uma mudança muito evidente de mentalidades entre os empresários, sobretudo os mais jovens. As empresas portuguesas têm vindo a internacionalizar-se e já perceberam que a única forma de conseguirem competir em mercados mais exigentes é através da inovação e da propriedade industrial", explica António Câmara, professor universitário e fundador da Ydreams, empresa especializada em tecnologias de interação, que já desenvolveu mais de 500 projetos em todo o mundo.

Nem a crise veio travar o novo ímpeto inovador de universidades e empresas. Pelo contrário. Parece até ter servido como uma alavanca da criatividade, já que o crescimento do número de patentes disparou em 2008 e 2009, exatamente quando a conjuntura económica mais se agravou.

Crise "aguça o engenho"
"Há mais investigação em períodos de depressão económica. Aconteceu o mesmo em 2002, quando atravessámos outra crise. Nestas alturas o número de empresas a contactar as universidades para projetos de investigação é sempre maior, porque os empresários percebem que essa é a melhor forma para poderem crescer e resistir à crise", diz o presidente do Técnico.
Segundo António Campinos, do INPI, a lógica é simples. Se a invenção é sempre uma resposta a um problema ou a uma carência e em períodos de crise as carências são maiores, então é também nessas alturas que há mais criatividade e motivação para inovar. De preferência criando novas soluções que permitam às empresas baixar custos de produção e vender mais. "Costuma dizer-se que a necessidade aguça o engenho. Não pode ser mais verdade. Sobretudo num país como Portugal, que já praticamente não dispõe de matérias-primas. A única com que ainda podemos contar é a que sai das nossas cabeças".

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Auto-estima - Viajar por aí - Somos "enormes"!

http://www.flickr.com/photos/vitor107/sets/

Apresentação em fotos e história de todos os concelhos portugueses.

Auto-estima - PORTUGAL, UMA PRAÇA PARA O MUNDO

http://vimeo.com/11651143

Um filme de 7 minutos feito para o pavilhão português na Expo 2010 Exposição Mundial de Xangai.

Começar pela auto-estima! Outro olhar sobre Portugal. Recomendo.

EU CONHEÇO UM PAÍS…
Por: Nicolau Santos (Director - adjunto do Jornal Expresso, In Revista "Exportar")

Eu conheço um país que tem uma das mais baixas taxas de mortalidade mundial de recém-nascidos, melhor que a média da UE.
Eu conheço um país onde tem sede uma empresa que é líder mundial de tecnologia de transformadores.
Eu conheço um país que é líder mundial na produção de feltros para chapéus.
Eu conheço um país que tem uma empresa que inventa jogos para telemóveis e os vende no exterior para dezenas de mercados.
Eu conheço um país que tem uma empresa que concebeu um sistema pelo qual você pode escolher, no seu telemóvel, a sala de cinema onde quer ir, o filme que quer ver e a cadeira onde se quer sentar.
Eu conheço um país que tem uma empresa que inventou um sistema biométrico de pagamento nas bombas de gasolina.
Eu conheço um país que tem uma empresa que inventou uma bilha de gás muito leve que já ganhou prémios internacionais.
Eu conheço um país que tem um dos melhores sistemas de Multibanco a nível mundial, permitindo operações inexistentes na Alemanha, Inglaterra ou Estados Unidos.
Eu conheço um país que revolucionou o sistema financeiro e tem três Bancos nos cinco primeiros da Europa.
Eu conheço um país que está muito avançado na investigação e produção de energia através das ondas do mar e do vento.
Eu conheço um país que tem uma empresa que analisa o ADN de plantas e animais e envia os resultados para todos os países da UE.
Eu conheço um país que desenvolveu sistemas de gestão inovadores de clientes e de stocks, dirigidos às PMES.
Eu conheço um país que tem diversas empresas a trabalhar para a NASA e a Agência Espacial Europeia.
Eu conheço um país que desenvolveu um sistema muito cómodo de passar nas portagens das auto-estradas.
Eu conheço um país que inventou e produz um medicamento anti-epiléptico para o mercado mundial.
Eu conheço um país que é líder mundial na produção de rolhas de cortiça.
Eu conheço um país que produz um vinho que em duas provas ibéricas superou vários dos melhores vinhos espanhóis.
Eu conheço um país que inventou e desenvolveu o melhor sistema mundial de pagamento de pré-pagos para telemóveis.
Eu conheço um país que construiu um conjunto de projectos hoteleiros de excelente qualidade pelo Mundo.
O leitor, possivelmente, não reconheceu neste país aquele em que vive... PORTUGAL.

Mas é verdade. Tudo o que leu acima foi feito por empresas fundadas por portugueses, desenvolvidas por portugueses, dirigidas por portugueses, com sede em Portugal, que funcionam com técnicos e trabalhadores portugueses.

Chamam-se, por ordem: Efacec, Fepsa, Ydreams, Mobycomp, GALP, SIBS, BPI, BCP, Totta, BES, CGD, Stab Vida, Altitude Software, Out Systems, WeDo, Quinta do Monte d'Oiro, Brisa Space Services, Bial, Activespace Technologies, Deimos Engenharia, Lusospace, Skysoft, Portugal Telecom Inovação, Grupos Vila Galé, Amorim, Pestana, Porto Bay e BES Turismo.

Há ainda grandes empresas multinacionais instalada no País, mas dirigidas por portugueses, com técnicos portugueses, de reconhecido sucesso junto das casas mãe, como a Siemens Portugal, Bosch, Vulcano, Alcatel, BP Portugal e a Mc Donalds (que desenvolveu e aperfeiçoou em Portugal um sistema que permite quantificar as refeições e tipo que são vendidas em cada e todos os estabelecimentos da cadeia em todo o mundo).

É este o País de sucesso em que também vivemos, estatisticamente sempre na cauda da Europa, com péssimos índices na educação e gravíssimos problemas no ambiente e na saúde... do que se atrasou em relação à média UE...etc.

Mas só falamos do País que está mal, daquele que não acompanhou o progresso.

É tempo de mostrarmos ao mundo os nossos sucessos e nos orgulharmos disso.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

O que posso fazer por Portugal?

Talvez a ideia tenha pouco interesse. Mas apetece-me testar!
Talvez não tenha tempo suficiente para o que possa vir a implicar em termos de organização da informação, de interacção com eventuais participantes... Mas prefiro arriscar!
No fundo, farto de ouvir e ler doutas opiniões sobre o que "os outros" têm de fazer, está na hora de colocar cada um de nós no seu devido lugar. Mais do que saber o que Portugal pode fazer por nós, importa saber o que cada um de nós tem, pode e deve dar a Portugal. Afinal de contas, o termo é concreto. Portugal é um espaço e um Povo, mistura de muitas culturas e saberes, experiências, talentos... Cada um de nós tem, seguramente, algo que pode fazer melhor do que já faz, alguma ideia que pode partilhar ao serviço de todos, algum pequeno-grande contributo que nos faça avançar.
Fica, então, lançado o desafio: o que posso fazer por Portugal?