Ganância descontrolada...
Algumas coisas a reter, neste episódio:
1. Foram criadas mais de 100 sociedades offshore durante os 10 anos de Oliveira e Costa à frente do BPN.
2. Luis Caprichoso, considerado por muitos o cérebro por detrás da fraude, foi chefe de finanças e mesmo inspetor, antes de integrar o BPN, para onde foi convidado. Recusou participar nas comissões de inquérito.
3. Oliveira e Costa terá sido ultrapassado pelo esquema que ele próprio iniciou, num caso típico de um criador ultrapassado pela realidade a que deu origem.
4. O rasto do dinheiro pode ser seguido, pois ele não desaparece, bem como o próprio dinheiro.
5. Tudo isto só funciona (esquema das offshores) se quem tem obrigação de investigar... prescindir da investigação.
6. Até ao momento, ninguém parece estar muito interessado em seguir o rasto do dinheiro, talvez para proteger pessoas importantes, empresas...
7. A FPF foi uma, entre muitas, das entidades que muito beneficiou com os dinheiros do BPN.
8. O BPN foi devidamente avisado de que ia ser alvo de uma investigação, o que permitiu que quando os inspetores chegaram, tudo estivesse já a caminho de Cabo Verde, segundo a reportagem. Nada havia para investigar, portanto, pois os documentos não existiam e tudo isso foi feito durante um fim de semana. Também não interessa quem avisou o BPN?... Cabo Verde fica demasiado longe? Não há laços entre países, que poderiam ser aproveitados para resolver toda a questão?...
8. O BPN foi devidamente avisado de que ia ser alvo de uma investigação, o que permitiu que quando os inspetores chegaram, tudo estivesse já a caminho de Cabo Verde, segundo a reportagem. Nada havia para investigar, portanto, pois os documentos não existiam e tudo isso foi feito durante um fim de semana. Também não interessa quem avisou o BPN?... Cabo Verde fica demasiado longe? Não há laços entre países, que poderiam ser aproveitados para resolver toda a questão?...
Parece claro que, sem a conivência e/ou incompetência dos reguladores, nada disto seria possível.
É também claro e isso foi afirmado nas comissões de inquérito, que Oliveira e Costa era apenas um entre vários, tendo vários colaboradores importantes, alguns escolhidos a dedo, já com antecedentes problemáticos na própria banca.
Fica uma questão importante, entre muitas:
Se só Oliveira e Costa é o rosto da fraude, o Testa de Ferro, nos Media e não só, quantos e a que propósito se escondem e estão a ser protegidos, dada a sua influência anterior e presente nos destinos do País?...
Sem comentários:
Enviar um comentário