quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Função pública ganha mais e trabalha menos? Quem, os chefes?



Onde é que já vi esta tática, há bem pouco tempo? Por outras palavras... vai-se denegrindo na comunicação social um setor específico da sociedade, coloca-se a população contra esse setor e... faz-se o que se quer, com a complacência dos restantes setores, ávidos de "bodes expiatórios"?!...
Abram os olhos antes que seja demasiado tarde! Não é uns contra os outros que lá vamos!
Há muita gente a ganhar mal no privado, é verdade. Mas também é verdade que a maioria não ganha só o que é declarado, recebendo "por fora" outras contribuições. Se assim não fosse, coitados dos trabalhadores do privado! Sabemos quem ganha com esses truques, claro!...
E eu que pensei estar livre das táticas mais obscuras desde Junho passado!...
Tal como os meninos mal comportados dos bancos da escola, alguns dos nossos chefes aprendem depressa apenas o que lhes interessa, deixando para depois, talvez mesmo para "dia de são nunca", as leituras mais profundas e o estudo dos dossiers, ou seja, aquilo que precisávamos que fizessem em primeiro lugar, para o bem comum.
O que podemos fazer com eles e com jornalistas acéfalos, que tudo recebem e tudo publicam, sem o menor sentido crítico, como se estivessem a descobrir, agora sim, a verdade dos factos?!...
De uma coisa podemos, todos, ter a certeza:
Quanto pior estiver o nosso vizinho, mais possibilidades de nós estarmos também. Dá para perceber isso?...


2 comentários:

  1. É a mentalidade deste nosso povo. Não é uma questão de governos... Por outro lado, somos ingénuos - por que razão acreditámos (que não eu!) tão facilmente que depois de Junho tudo seria diferente?

    Boa reflexão, malgré tout...

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  2. A esperança é a última a morrer. Quando morre, ainda que parcialmente, só nos resta uma alternativa democrática: mudar. Depois, as desilusões até podem ser maiores. E a alternativa volta. É esse um dos preços e uma das virtudes da democracia.

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